Sismo na Turquia e Síria

Sismo na Turquia e Síria: mais de 7.200 mortos confirmados

Número de mortos e feridos provocados pelo sismo que afetou a Turquia e a Síria continua a subir e buscas continuam intensas.

Emrah Gurel/AP

SIC Notícias

O número de mortos nos fortes sismos que atingiram na madrugada segunda-feira o sudeste da Turquia e a vizinha Síria aumentou para 7.266, de acordo com o balanço provisório mais recente. Só na Turquia, o número de vítimas mortais é já de 5.434.

“Infelizmente, 5.434 de nossos cidadãos perderam suas vidas até agora. Temos 31.777 feridos.”, confirmou Fathrettin Koca, ministro turco da Saúde.

O ministro da defesa turca, Hulusi Akar, afirmou que mais de 7.500 soldados continua a trabalhar na zona do terramoto.

Perante esta catástrofe, o Governo turco do Presidente Recep Tayyip Erdogan declarou três meses de estado de emergência nas dez províncias afetadas.

O chefe de Estado já na segunda-feira tinha declarado que estes terramotos representam o maior desastre natural sofrido no país desde o sismo de 1939 em Erzincan, no leste da Turquia, que fez mais de 32.000 mortos.

Até agora, foram contabilizadas 435 réplicas de menor intensidade nas zonas afetadas, nas quais estão a trabalhar mais de 60.000 pessoas em missões de buscas e salvamento e remoção de escombros, no âmbito de um dispositivo que conta com mais de 100 aviões e helicópteros destacados.

O sismo causou também o desabamento de um total de 5.775 edifícios, segundo as autoridades, que indicam ainda que as réplicas e as baixas temperaturas estão a dificultar as missões de resgate e reduzem as hipóteses de encontrar sobreviventes à medida que passam as horas.

Na Síria, há 12 anos mergulhada numa guerra civil, a informação sobre vítimas provém, por um lado, do Governo do Presidente Bashar al-Assad e, por outro, do último enclave do país controlado pela oposição. Os números totais indicam que no país morreram 1.832 pessoas e 3.849 ficaram feridas.

Já antes dos sismos, a Síria sofria a sua mais grave crise humanitária desde o início da contestação contra Damasco em 2011 e o posterior início da guerra, com 90% da população abaixo do limiar da pobreza, escassez de produtos básicos e milhões de pessoas deslocadas.

Missão humanitária portuguesa está a caminho

A Força Operacional Conjunta (FOCON) portuguesa, “com valências nas áreas de busca, salvamento, proteção e socorro em estruturas colapsadas”, parte esta quarta-feira para a Turquia.

A missão coordenada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) deve partir de Figo Maduro depois das 14:30.

“Esta força é composta por operacionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), da Guarda Nacional Republicana, do Regimento Sapadores Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergência Médica. A FOCON irá participar nas operações de socorro na sequência do sismo que afetou aquele país”, destaca a ANEPC em comunicado enviado esta noite às redações.

O envio desta ajuda “decorre do pedido de assistência internacional formulado pelas autoridades turcas via Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia”.

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