O Presidente da República anunciou esta terça-feira, que o luto nacional de três dias pela morte do Papa Francisco, em princípio, será de 24 a 26 de abril, mantendo-se a sessão comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República. Além de Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Montenegro, José Pedro Aguiar-Branco e Paulo Rangel estarão presentes no funeral do Papa.
"O luto nacional (...) será, em princípio, do dia 24 ao dia 26, que é o dia do funeral", revela Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à porta da Nunciatura Apostólica da Santa Sé em Lisboa, onde assinou o livro de condolências pela morte do Papa.
O chefe de Estado assinala que o período de luto nacional inclui a data de 25 de Abril - feriado do Dia da Liberdade em Portugal - e acrescenta que "a ideia da Assembleia da República é manter a sessão, começando por um voto de pesar pela morte do Papa Francisco".
No dia 25 de abril, o Presidente da República parte para Roma, ao início da tarde, depois da sessão na Assembleia, para estar presente no funeral do Papa, que se realiza no dia 26, acompanhado pelo presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro - as três mais altas figuras do Estado português - e o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa assinala que o Papa Francisco, que "acompanhava muito de perto tudo o que se passava", disse "qualquer coisa a cada um dos portugueses" - católicos, não católicos, ateus, agnósticos - em "qualquer altura" do seu Pontificado.
O Presidente da República recorda que Francisco "não conhecia bem a realidade de Fátima", contudo, depois de uma visita ao Santuário "ficou conquistado".
"Quando desceu do avião disse-me 'ainda não estou conquistado'. Mas no dia seguinte, quando partiu, disse-me 'estou conquistado, o Presidente tinha razão'", conta.
O Papa Francisco morreu esta segunda-feira, com 88 anos, com um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Na véspera, tinha aparecido na varanda da Basílica de São Pedro, No Vaticano.
Francisco liderou a Santa Sé durante 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.