O Papa Francisco passou uma noite tranquila no hospital e os médicos estão otimistas quanto à sua rápida recuperação, noticia hoje a agência ANSA. O Papa foi internado na quarta-feira com uma infeção respiratória e precisará de passar "alguns dias" no hospital para tratamento.
O Vaticano anunciou na quarta-feira que o Sumo Pontífice, de 86 anos, foi levado para o hospital Gemelli, em Roma, depois de se queixar de dificuldades respiratórias nos últimos dias. Acrescentou que os testes mostraram que tem uma infeção respiratória mas que não se trata de covid-19.
A equipa de enfermagem "está muito otimista" de que, salvo surpresas, Francisco possa receber alta a tempo para as comemorações do Domingo de Ramos a 2 de abril, informou a ANSA, citando fontes hospitalares não identificadas.
O Domingo de Ramos, a 2 de abril, marca o início de uma semana agitada de cerimónias até ao Domingo de Páscoa a 9 de abril, o dia mais sagrado do calendário cristão, marcando a ressurreição de Jesus Cristo.
Católicos da Argentina rezam pela saúde do Papa Francisco
No país natal de Jorge Bergoglio os fiéis estão preocupados A comunidade católica de Buenos Aires expressou a sua preocupação com a saúde do Papa Francisco e rezou uma missa pela sua rápida recuperação.
A turista brasileira Victoria Vieira disse que ficou triste ao saber da hospitalização do Papa. “Sempre me senti significativamente representada por este Papa. Esta notícia é como se um parente ou um avô estivesse doente. Muito triste”.
Anibal Pizzella disse estar otimista com a saúde do Papa e que logo se recuperará da doença. “Ele é uma pessoa muito forte, fisicamente e mentalmente forte. Ele é uma pessoa com uma fé enorme, então estou muito otimista. Acho que ele vai ficar bem”.
Os problemas de saúde que limitam o Papa desde os 21 anos
A saúde de Francisco tem atraído maior atenção nos últimos dois anos, desde que foi submetido a cirurgia no cólon e começou a usar uma cadeira de rodas ou uma bengala devido a dores crónicas no joelho.
A última hospitalização do Papa argentino reacendeu as especulações sobre uma possível renúncia por motivos de saúde, seguindo o precedente histórico do seu antecessor, Bento XVI.
Questionado pela televisão ítalo-suíça RSI em entrevista transmitida em 12 de março sobre qual condição o levaria a desistir, Francisco disse:
"Um cansaço que não deixa ver as coisas com clareza. Falta de clareza, de saber avaliar as situações".