O Governo espera que a fase de debate na especialidade do Orçamento do Estado não comprometa o excedente orçamental previsto para o próximo ano e pede responsabilidade aos partidos.
O PS será o garante da viabilização do orçamento, mas quer mostrar que não deixa de ser o líder da oposição.
"Este orçamento baseia-se no programa de Governo com o mote de 'Recuperar, Reformar e Relançar Portugal'”, disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, no Parlamento.
"Eu diria que é um orçamento que ao invés de recuperar desinveste no estado social; ao invés de relançar recua na sua ambição de crescimento económico, e que não só não reforma como acaba com reformas cruciais que estavam em curso”, contrapôs a socialista Marina Gonçalves.
Miranda Sarmento rejeita a crítica de que o documento "assenta em impostos máximos e serviços públicos mínimos". E garante que PS e PSD não têm a mesma visão para o país.
Apesar das divergências, com a passagem à fase de especialidade garantida pelo PS, os partidos focam-se na próxima fase. Podem apresentar propostas até dia 15 de novembro.
Ao longo de quatro horas, voltaram a ser discutidos temas como as cativações e os aumentos salariais, na Assembleia da República.
Esta terça-feira à tarde é a vez de a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ser ouvida no Parlamento.