Pedro Nuno Santos quer ter a presença de Luís Montenegro na próxima reunião de negociações do Orçamento do Estado. O secretário-geral do PS diz que não quer definir metade do orçamento, mas o partido precisa de ter "condições mínimas" para o aprovar.
Em julho, quando iniciaram as negociações do orçamento a ausência do primeiro-ministro por motivos de saúde era perfeitamente compreendida pelas hostes socialistas. Entretanto passaram dois meses e duas rondas de negociações.
"Espero que numa próxima reunião o primeiro-ministro esteja presente porque acho que é muito importante que os líderes políticos do PS e do Governo se comprometam com a negociação", afirmou o líder socialista.
Fica o recado para que ninguém no Governo e no PSD desvalorize a presença do primeiro-ministro nas negociações.
Quando chegar o momento, o Governo espera que o Partido Socialista diga o que quer ver no Orçamento do Estado mas para já Pedro Nuno Santos só diz o que não quer.
As condições mínimas começam desde logo por ver excluídas do orçamento as medidas sobre o IRS Jovem e o IRC para as empresas.
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Depois do último encontro, na terça-feira, em que o Governo apresentou o cenário macroeconómico, os socialistas pediram 48 horas para preparar propostas.
O prazo já terminou e a partir de agora, o partido liderado por Pedro Nuno Santos espera ser contactado pelo Governo para agendar a próxima ronda de negociações.