José Carlos Bumlai foi condenado pelos crimes de corrupção e gestão fraudulenta, mas absolvido da acusação de lavagem de dinheiro.
Em causa está um empréstimo de 12 milhões de reais (3,2 milhões de euros) que o ganadeiro contraiu no banco Schahin em 2004, tendo depois passado o dinheiro ao Partido dos Trabalhadores (PT), liderado por Lula da Silva.
O empréstimo nunca foi quitado, sendo que um acordo estabeleceu que a dívida fosse perdoada em troca de um contrato de 1,6 mil milhões de dólares (1,42 mil milhões de euros) com a petrolífera estatal Petrobras, para a operação de um navio-sonda, em 2009.
"Os fatos revelam a utilização indevida da estrutura da empresa estatal para benefício pecuniário de agremiação política, com a atuação consciente de dirigentes da Petrobras", concluiu o magistrado.
Na mesma decisão, o magistrado condenou também o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o empresário Fernando Falcão Soares, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto e outros quatro.
O filho do ganadeiro, Maurício Bumlai e o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada foram absolvidos por falta de provas.
A Operação Lava Jato, que está a desmontar o maior esquema de corrupção da história do Brasil, tem investigado várias empresas, com destaque para a Petrobras, executivos e políticos, entre eles o ex-Presidente Lula da Silva.
Lusa