Jorge Sampaio 1939-2021

"É um coração do tamanho do mundo"

Centenas de pessoas acompanharam a cerimónia fúnebre do antigo Presidente da República.

SIC Notícias

Homem de causas, dedicado ao país e aos portugueses: é assim que é recordado Jorge Sampaio pelos que este domingo quiseram despedir-se do antigo Presidente. No exterior do Picadeiro Real e do Mosteiro de Jerónimos, centenas de pessoas prestaram a última homenagem.

O corpo de Jorge Sampaio esteve desde o fim da manhã de sábado em câmara ardente no antigo picadeiro real, depois adaptado a Museu dos Coches, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, e foi transportado hoje para o Mosteiro dos Jerónimos, para esta sessão evocativa.

Esta sessão seguiu o modelo da que se realizou quando morreu Mário Soares, em janeiro de 2017, também no claustro do Mosteiro dos Jerónimos, nas primeiras cerimónias fúnebres com honras de Estado de um Presidente da República eleito em democracia.

Nascido em Lisboa em 18 de setembro de 1939, Jorge Fernando Branco de Sampaio morreu na sexta-feira, no Hospital de Santa Cruz, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.

Jorge Sampaio foi um dos protagonistas da crise académica do início dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, e como advogado defendeu presos políticos durante a ditadura.

Depois do 25 de Abril de 1974, foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, que fundou em 2013 para dar ajudar a resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.

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