Aguardavam com ansiedade a chegada do campeão paralímpico. À festa dos familiares e amigos, juntaram-se os curiosos que passavam na zona das chegadas do aeroporto de Lisboa. Miguel Monteiro trazia ao peito o ouro conquistado no domingo no lançamento do peso F40.
"Vínhamos a fazer um trabalho que se notava que ia culminar em bons lançamentos, principalmente na ultima semana fizemos lançamentos muito bons e estávamos bastante confiantes para a prova. O lançamento acabou por sair e foi um sentimento indescritível", conta o medalha de ouro.
Um sentimento indescritível para Miguel Monteiro, não só pelo primeiro lugar no pódio, mas também pelo novo recorde paralímpico, com a marca de 11 metros e 21 centímetros.
"Descansar, desfrutar do momento e depois voltar a reunir as energias, ver o que fizemos bem e de menos bem ao longo de toda a época para voltarmos ainda mais fortes".
Agora a prioridade é para o descanso, porque depois começa a preparação para o próximo ciclo paralímpico já com um objetivo definido.
"O recorde paralímpico não está igualado ao recorde mundial e nós já alcançamos o mundial, por isso achamos que conseguimos fazer ainda melhor do que fizemos".
Margarida volta com sentimento "agridoce"
Miguel Monteiro chegou a Portugal acompanhado de Margarida Lapa, atleta de tiro que, na primeira participação nos jogos, conseguiu o quarto lugar e conquistou um diploma olímpico.
"Foi uma estreia com um sentimento um bocadinho agridoce porque foi no último tiro que cedi nos nervos, mas acho que com a continuação e a experiência, para os próximos vai ser muito melhor"
Os Jogos Paralímpicos, em Paris, só terminam a 8 de setembro. Mas estes atletas que já terminaram a competição sonham já com os próximos, em 2028.