Fátima

JMJ: GNR deixa avisos aos mais de 500 mil fiéis que se deverão deslocar a Fátima

O Papa Francisco visita, este sábado, o Santuário de Fátima e as previsões apontam para a presença de 500 mil pessoas no local. A GNR diz que irá começar a fiscalizar peregrinos já esta noite.

PAULO NOVAIS / POOL

Lusa

SIC Notícias

Cerca de 500 mil pessoas são esperadas em Fátima no sábado de manhã para receber o Papa Francisco, no começo do quinto dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), disse, esta sexta-feira, o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque. A Guarda Nacional Republicana (GNR) informa que esta noite já estará no local a fiscalizar os peregrinos e deixa alguns conselhos.

Segundo o autarca, quer o Santuário de Fátima, quer a GNR, apontam para esse número."Não sabemos se irá ser ultrapassado ou não. A expectativa é essa. Vamos aguardar para ver se se confirmam esses valores ou se ainda são aumentados, porque, menos do que isso, acho que vai ser difícil", frisou Luís Albuquerque, em declarações à agência Lusa.

No início de julho, a Câmara de Ourém, no distrito de Santarém, anunciou a criação de novos parques de estacionamento e de acampamento, a instalação de bebedouros e o reforço da recolha de resíduos por causa da JMJ.

"Está tudo a correr dentro daquilo que tínhamos perspetivado", garantiu Luís Albuquerque, explicando que existem "diversos piquetes em permanência em Fátima".

GNR aconselha uso da aplicação Waze

Já a GNR vai começar a fiscalizar já esta noite os peregrinos que se dirijam ao Santuário de Fátima para a procissão das velas. Esta força de segurança diz que há previsão de que muitos se mantenham no recinto durante a noite para garantir o lugar para a cerimónia de amanhã.

A major Mafalda Mendes aconselha a que os fiéis cheguem cedo e que consultem a aplicação Waze, onde a GNR informará acerca dos constrangimentos e das vias alternativas.

Planeamento começou há um ano

O planeamento para criar as condições de acolhimento dos peregrinos da JMJ começou em agosto de 2022, com um grupo restrito de entidades (Câmara, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Guarda Nacional Republicana, Junta de Freguesia de Fátima, Santuário de Fátima e Associação Empresarial Ourém/Fátima).

O grupo alargado inclui, além destas entidades, as empresas BeWater, Tejo Ambiente, Suma, operadoras de telecomunicações, Rodoviária, Infraestruturas de Portugal, CP, E-Redes, Valorlis, Águas do Centro Litoral e Brisa.Em julho, o autarca tinha estimado 200 mil pessoas diariamente em Fátima no âmbito da JMJ (número que aumentaria no sábado, com a deslocação do Papa).

"Houve dias em que isso aconteceu, mas não foram os dias todos", referiu hoje à Lusa, explicando que os grupos que se deslocam de autocarro "estão pouco tempo em cada local, rodam muito". "Isso facilita muito toda a operação logística", sublinhou.

Visita do Papa terá efeitos positivos “nos próximos anos”

Luís Albuquerque mostrou-se convencido de que a visita de Francisco a Fátima, onde rezará pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia e recitará o terço, atrairá mais pessoas à Cova da Iria.

"Irá trazer mais pessoas a Fátima não só nesta altura, mas também nos próximos anos, porque a ida de Sua Santidade a qualquer lugar reflete-se não só no próprio dia, ou nos próprios dias, mas também nos dias e nos anos seguintes", sublinhou.

A operação instalada em Ourém "está montada até ao dia 15 de agosto a prever já este maior afluxo de pessoas" nos próximos dias, acrescentou.

A JMJ, que está a decorrer desde terça-feira, em Lisboa, é considerado o maior evento da Igreja Católica e realiza-se pela primeira vez em Portugal, sendo esperadas mais de um milhão de pessoas.O Papa chega a Fátima no sábado, às 08:50, e viaja de novo para Lisboa, onde chegou na quarta-feira, às 11:00.

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