A guerra pode até não estar ganha, mas boa parte do Brasil celebrou a vitória da primeira batalha na justiça. Jair Bolsonaro não assistiu à leitura do acórdão que o condenou a 27 anos e 3 meses de prisão. Em Brasília, um grupo de evangélicos culpou Satanás pela injustiça e apelou à terceira pessoa da santíssima trindade.
Marcelo Rebelo de Sousa entende que a postura de um presidente aconselha o recato no comentário a outro presidente. “Acho que um presidente de outro país, neste caso Portugal, não deve comprometer-se na vida interna de outro país, neste caso o Brasil”.
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O julgamento da tentativa de golpe de Estado a 8 de janeiro de 2023 não acaba na condenação do ex-presidente e dos outros sete arguidos. Para ser mais célere, a justiça brasileira dividiu em quatro os julgamentos dos 31 suspeitos de envolvimento na tomada do poder.
Polícias federais, altas patentes do exército e políticos. Todos acusados dos mesmos crimes: organização criminosa, tentativa de golpe de estado, abolição violenta do Estado Democrático, dano qualificado e deterioração de património.
A condenação histórica do ex-presidente do Brasil ainda vai conhecer várias fases. 60 dias para a publicação do acórdão, um projeto-lei de administia proposto pela oposição no congresso e o quase certo recurso da defesa. Até ao desfecho, o chamado trânsito em julgado, Jair Bolsonaro deverá manter-se em prisão domiciliária com pulseira eletrónica.