Incêndios em Portugal

"Se o inferno existe, ontem vi-o": o incêndio aos olhos dos moradores de Seia

As chamas lavram perto da Torre da Serra da Estrela. Bombeiros e sapadores procuram fechar uma frente de cerca de 200 metros de fogo.

Fernanda de Oliveira Ribeiro

Miguel Ângelo Marques

Nelson Mateus

Pedro Castanheira

Paulo Fajardo

Ricardo Tenreiro

Em zonas de difícil acesso, só entra quem conhece o terreno, o tipo de vegetação e as técnicas necessárias para combater chamas a pé. Aproveitando o tempo favorável da manhã desta quinta-feira, equipas de sapadores e bombeiros têm andado apeados a tentar conter uma frente de cerca de 200 metros entre a Torre e Loriga, em Seia.

Os moradores de Balocas de Vide tiveram de resguardar-se no pavilhão da aldeia, na quarta-feira, mas agora é hora de proteger o pouco que sobrou.

As tardes costumam ser mais complicadas, quando o vento se levanta e arrasta o fogo com velocidade. Na de quarta-feira, o medo voltou, por exemplo, a Alvoco da Serra, a Vasco Esteves.

"Eu não me vou deitar, porque tenho medo. Mas não posso ficar na estrada, tenho de ir para casa", disse uma das moradoras à SIC.

"Se o inferno existe, ontem vi-o", relata outra popular.

As frentes de Alvoco da Serra e Vasco Esteves foram circunscritas durante a madrugada, com a ajuda de máquinas de rasto. Os bombeiros estão vigilantes e atentos, calcorreando quilómetros a pé.

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