Em zonas de difícil acesso, só entra quem conhece o terreno, o tipo de vegetação e as técnicas necessárias para combater chamas a pé. Aproveitando o tempo favorável da manhã desta quinta-feira, equipas de sapadores e bombeiros têm andado apeados a tentar conter uma frente de cerca de 200 metros entre a Torre e Loriga, em Seia.
Os moradores de Balocas de Vide tiveram de resguardar-se no pavilhão da aldeia, na quarta-feira, mas agora é hora de proteger o pouco que sobrou.
As tardes costumam ser mais complicadas, quando o vento se levanta e arrasta o fogo com velocidade. Na de quarta-feira, o medo voltou, por exemplo, a Alvoco da Serra, a Vasco Esteves.
"Eu não me vou deitar, porque tenho medo. Mas não posso ficar na estrada, tenho de ir para casa", disse uma das moradoras à SIC.
"Se o inferno existe, ontem vi-o", relata outra popular.
As frentes de Alvoco da Serra e Vasco Esteves foram circunscritas durante a madrugada, com a ajuda de máquinas de rasto. Os bombeiros estão vigilantes e atentos, calcorreando quilómetros a pé.