Na quinta de Louredo, este ano, a vindima não é uma festa. “É aproveitar o que houver, é comer para não morrer. Porque isto [uvas] não dá gosto nenhum colher.” Ainda assim vieram todos,família e amigos, ajudar a apanhar as poucas uvas que escaparam ao fogo.
Arderam os 6,5 hectares de vinha, o investimento maior de Fábio Silva.
Só daqui por três ou quatro anos será possível voltar a vindimar e retomar as exportações para o Japão e para França.
Além das vinhas, arderam os pomares e todas as estufas.
“Estamos a falar de 25 hectares que foram dizimados em sete minutos. O vento era tanto, que o plástico até sem arder, já derretia. Foi uma coisa assim de outro mundo (...) Toda a produção foi por água abaixo.”
Na terça-feira, Fábio ia ficando no meio das chamas. “Não havia bombeiros disponíveis (...) O país estava uma loucura.”
Cerca de 90% desta quinta de agricultura biológica e turismo ficou destruída. São 250 mil euros de prejuízo, um número calculado por alto.