Incêndios em Portugal

Incêndio na Madeira: chamas ameaçam habitações na Ponta do Sol

O incêndio lavra num local de difícil acesso, o que dificulta o trabalho dos bombeiros, que são obrigados a fazer a aproximação às chamas por locais alternativos.

Marta Caires

Verónica Moreira

O incêndio que assola a ilha da Madeira há mais de uma semana aproxima-se de várias habitações na Lombada, na freguesia da Ponta do Sol.

Apesar de o incêndio ter sido considerado controlado e em fase de rescaldo, a situação complicou-se na Ponta do Sol e houve um reacendimento das chamas.

De acordo com Marta Caires, jornalista da SIC, as chamas aproximam-se de várias habitações. No entanto, de acordo com a Proteção Civil não foi necessário evacuar casas, apenas alertaram os moradores para essa possibilidade.

Segundo a jornalista, o incêndio lavra num local de difícil acesso, o que dificulta o trabalho dos bombeiros, que são obrigados a fazer a aproximação às chamas por locais alternativos.

As autoridades garantem que não é viável atuarem meios aéreos, uma vez que o fogo lavra numa zona de cabos de alta tensão.

Foi montando um posto de apoio à população com mantimentos. É para esse sítio que as autoridades estão a encaminhar as pessoas.

Pelas 17:00 continuavam no terreno cerca de 100 bombeiros.

Esta manhã, numa conferência de imprensa para apresentação do ponto da situação do incêndio, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, indicou que as frentes de fogo estavam "substancialmente diminuídas" ou eram "inexistentes", mas alertou para a persistência de um "foco de potencial reacendimento" na Ponta do Sol, na zona oeste da ilha.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou a 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. Hoje de manhã, ao 11.º dia, a Proteção Civil regional indicou que o fogo está controlado e que os operacionais se mantêm no terreno em operações de rescaldo, controlando alguns pontos quentes.

Nestes dias as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa.

O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.045 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.

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