Incêndios em Portugal

Miguel Albuquerque faz ponto de situação do incêndio na Madeira

O incêndio que lavra há mais de uma semana na Madeira já se encontra em fase de rescaldo. O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, explica que a preocupação está agora na zona da Lombada, Ponta do Sol, por causa de possíveis reacendimentos.

SIC Notícias

O presidente do Governo regional da Madeira garante que o incêndio que está ativo há uma semana e meia na ilha da Madeira já se encontra em fase de resolução. Refere ainda que todas as decisões tomadas pelo executivo insular “foram as adequadas”.

Miguel Albuquerque informa, em conferência de imprensa levada a cabo este sábado, que o incêndio está controlado, mas que os meios operacionais continuam no terreno.

Nota que a preocupação está agora na zona da Lombada, Ponta do Sol, por causa de possíveis reacendimentos.

Segundo o presidente, "apenas foram danificados alguns espaços residuais da Floresta Laurissilva", nomeadamente na Encumeada, no Lombo do Rosal e na zona sobranceira ao Caldeirão Verde.

“Isto significa que a Floresta Laurissilva, apesar da dimensão deste incêndio, não foi afetada na sua integridade enquanto Património Natural da UNESCO”, revela.

Decisões tomadas “foram as adequadas"

Sobre as decisões tomadas pela Proteção Civil da Madeira, bem como pelo Governo Regional, ao longo dos últimos 11 dias, Miguel Albuquerque entende que “foram as adequadas e aquelas que, face à ameaça latente, eram as mais corretas".

As frentes de fogo ativas, acrescenta, “estão substancialmente diminuídas ou são inexistentes”, apesar de reconhecer que existe risco de reacendimento na zona alta da Lombada.

No Pico das Torres e no Paúl da Serra, as chamas foram extintas, assim como na Ponta do Sol, onde, na sexta-feira, se verificou um reacendimento.

No Pico Ruivo, as frentes de incêndio também foram combatidas com sucesso.

Miguel Albuquerque realça o importante papel dos meios aéreos dizendo que o helicóptero que tem operado na ilha efetuou 327 descargas ao longo dos últimos dias. Já os Canadair, entre 22 e 23 de agosto, efetuaram 26 descargas.

Agradece ainda à população madeirense pela “compreensão e cumprimento das regras” evidenciado desde quarta-feira da semana transata.

“Fogos não se combatem com ‘achismos’”

Entende que é essencial “continuar a confiar” nos profissionais da Proteção Civil da Madeira, que têm vindo a ser alvo de críticas pela forma como abordaram o combate às chamas.

“Os fogos com esta complexidade não se combatem nem ‘achismos’, nem com voluntarismos, nem de improviso. Combatem-se com conhecimento técnico, do terreno, com experiência, com rigor técnico, com sentido de planeamento e com uso rigoroso dos meios que temos aos dispor”, afirma.

Vinca que os profissionais da Proteção Civil são competentes e "têm toda a formação" necessária. Lamenta ainda os insultos de que os mesmos têm sido alvo nas redes sociais.

Após deflagrar há 11 dias no concelho da Ribeira Brava, na costa sul, o fogo propagou-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana, atingindo a cordilheira central da ilha.

Nestes dias, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.045 hectares de área ardida.

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