O incêndio na Ponta do Sol, na Madeira, que ao início da tarde chegou a ameaçar habitações, “não progrediu” e as autoridades estão esperançosas de que, com o acalmar do vento e com a descida da temperatura, seja possível controlar e extinguir o fogo.
“O fogo não progrediu, as populações continuam seguras”, explica Cláudia Dias Ferreira, responsável da Proteção Civil de Ponta do Sol.
A repórter da SIC no local, Marta Caires, acrescenta que junto às habitações está a ser lançada água para as zonas quentes e que não há, até ao momento, qualquer casa atingida pelo fogo, não tendo havido também qualquer recomendação para a retirada de populares.
Durante a tarde chegou à ilha um contingente de bombeiros do Continente para reforçar o combate às chamas em “zonas estratégicas”, já que o incêndio continua a lavrar em algumas zonas de difícil acesso.
No terreno estão cerca de 100 operacionais e, nesta altura, o uso de meios aéreos não é possível, dado que as chamas lavram numa zona de cabos de média tensão.
Apesar do reacendimento que esta manhã gerou muita preocupação, o vento baixou de intensidade, a temperatura também desceu e na zona da cordilheira central já começou a chover. Ainda que a chuva não tenha chegado a Ponta de Sol, espera-se que as condições se mantenham favoráveis para que, pelo menos, possa ser possível controlar o fogo.
O incêndio na ilha da Madeira lavra há 11 dias. Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.045 hectares de área ardida.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.