Telescópio Hubble

Explosão mais longínqua de uma estrela descoberta pelo telescópio Hubble

Um grupo de astrónomos revelou hoje ao 'site' Science ter descoberto a mais longínqua explosão de uma estrela,  uma supernova que poderá ajudar os cientistas a entenderem melhor a natureza  do universo. 

Com o telescópio espacial Hubble, os cientistas avistaram recentemente  a supernova UDS10Wil (apelidada SN Wilson), que explodiu há mais de 10 mil  milhões de anos, o tempo que demorou para a luz da sua explosão chegar até  à Terra. 

A SN Wilson é definida como uma supernova tipo Ia, um tipo de explosão  de estrela que proporciona aos cientistas uma noção de como o universo se  tem expandido ao longo do tempo.  

Esta descoberta "oferece importantes informações sobre como estas estrelas  explodem" e ajudam a "entender a evolução do universo e a sua expansão",  disse em comunicado o líder da investigação David Jones da Universidade  Johns Hopkins em Baltimore, Estados Unidos.  

Ao saberem quando as estrelas maiores começaram a explodir, os cientistas  poderão conhecer a rapidez com que o universo foi semeado com os elementos  necessários para a formação de planetas e outros corpos celestiais. 

Esta descoberta faz parte de uma iniciativa de três anos por parte de  um programa do Hubble com o objetivo de encontrar as mais distantes supernovas,  existindo a esperança entre os cientistas de saber se as explosões de estrelas  se alteraram de alguma forma desde o 'Big Bang' há 13.8 mil milhões de anos.

O telescópio espacial Hubble foi inaugurado em 1990 e está previsto  continuar a funcionar nos próximos cinco anos, enquanto o seu sucessor,  o telescópio espacial James Webb, está programado para ser lançado em 2018.

     

Lusa

Últimas