O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se a pedido da Estónia após a incursão de três aviões russos no espaço aéreo do país. O pedido acontece depois de três caças MiG-31 da Federação Russa terem entrado no espaço aéreo da Estónia sobre o golfo da Finlândia, onde permaneceram cerca de 12 minutos, segundo alertaram as autoridades estonianas e a NATO.
Pela primeira vez desde que se tornou membro da NATO, a Estónia sentiu necessidade de pedir uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Para a chefe da diplomacia europeia, Moscovo está a testar as fronteiras da União, já os EUA prometeram defender o território da aliança e deixaram um apelo: "a Rússia deve parar imediatamente com este comportamento perigoso."
Depois de três violações do espaço aéreo nas últimas duas semanas, os países da NATO acusam a Rússia de forçar um confronto armado direto. A Polónia avisa que o país está pronto para abater aeronaves russas, desde que tenha o apoio da aliança.
Perante a tensão crescente com a NATO, Putin acusa o Ocidente de procurar uma superioridade nuclear e admite que receia ameaças. Em declarações proferidas durante uma reunião do Conselho de Segurança russo, no dia em que pelo menos três pessoas morreram durante ataques russos em Zaporizhia, o presidente russo rejeitou ainda as acusações que foram hoje discutidas na ONU e escusou-se a participar na mesma.
"Não deve haver dúvidas de que a Rússia é capaz de responder a quaisquer ameaças existentes e emergentes, não com palavras, mas com o uso de medidas militares e técnicas. Um exemplo é a nossa decisão de abandonar a moratória unilateral sobre a implantação de mísseis terrestres de médio e curto alcance", garantiu o presidente russo.
O presidente russo disse estar disponível para prolongar o último tratado de controlo de armas entre Washington e Moscovo por mais um ano desde que os EUA façam o mesmo.