Guerra Rússia-Ucrânia

Kim Jong Un saúda "heróis" norte-coreanos que combatem ao lado da Rússia na Ucrânia

A Rússia e a Coreia do Norte assinaram um pacto de defesa mútua no ano passado, tendo Pyongyang enviado mais de 10.000 soldados para a região de Kursk.

Nesta foto fornecida pelo governo norte-coreano, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, faz um discurso na Academia de Ciências da Defesa da Coreia do Norte, na terça-feira, 28 de maio de 2024.
朝鮮通信社 / AP

Lusa

O líder norte-coreano Kim Jong Un elogiou as tropas do regime destacadas para apoiar a Rússia, durante uma reunião com o seu comando militar, informou na quinta-feira a agência de notícias do regime.

Kim Jong Un "expressou o seu caloroso incentivo" aos oficiais e soldados que servem na região de Kursk, na Rússia, informou a agência oficial KCNA.

"Temos um exército heroico", disse Kim Jong Un num discurso dirigido aos membros do comando militar norte-coreano na capital, Pyongyang.

"O nosso exército está agora a fazer o que deve fazer e o que precisa ser feito. Continuará a fazê-lo no futuro também", acrescentou.

As declarações do líder norte-coreano surgem num momento em que o Presidente norte-americano, Donald Trump, intensifica tentativas, até agora infrutíferas, de resolver o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, após ter mantido discussões muito mediáticas com os líderes dos dois países nos últimos dias.

O Presidente russo, Vladimir Putin, que descreveu as tropas norte-coreanas como "heroicas" na semana passada, evitou até agora encontrar-se com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para conversações de paz.

A Rússia e a Coreia do Norte consolidaram os laços bilaterais, através da assinatura de um pacto de defesa mútua no ano passado, durante uma visita do Presidente russo a Pyongyang.

Em abril, a Coreia do Norte confirmou, pela primeira vez, que tinha enviado um contingente de soldados para a linha da frente na Ucrânia, para combater ao lado das tropas russas.

Os serviços secretos da Coreia do Sul e de países ocidentais afirmaram que Pyongyang enviou mais de 10.000 soldados para a região de Kursk em 2024, bem como obuses de artilharia, mísseis e sistemas de foguetes de longo alcance.

Cerca de 600 soldados norte-coreanos foram mortos e milhares ficaram feridos ao lutar pela Rússia, segundo Seul.

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