O enviado especial de Donald Trumpvai esta semana a Moscovo discutir a guerra na Ucrânia, confirmou o Kremlin. Depois de admitir negociações diretas com Kiev, a Rússia declarou-se contra conversações apressadas e voltou a bombardear alvos civis.
As duas bombas teleguiadas iludiram as defesas antiaéreas ucranianas. Ao início da tarde, atingiram e destruíram uma área residencial no Sul de Zaporíjia.
O ataque à cidade, que tem a maior central nuclear da Europa e está parcialmente ocupada por Moscovo, provocou dezenas de vítimas.
Já em Kharkiv, a segunda maior cidade, a 40 quilómetros da fronteira russa, pelo menos dez pessoas ficaram feridas num bombardeamento com drones.
Odessa foi alvo de ataque
No Sul da Ucrânia, a noite ficou marcada por outro ataque, em larga escala, de drones contra Odessa. As explosões incendiaram e destruíram prédios de habitação desta cidade do mar Negro.
Em Kiev, o Presidente Zelensky voltou a exigir uma resposta imediata da Rússia ao apelo de um cessar-fogo incondicional e que proteja as infraestruturas civis.
Segunda-feira, Vladimir Putin chegou a admitir contactos diretos com Kiev, mas 24 horas depois o Kremlin declarou-se contra negociações apressadas, apenas centradas na questão dos alvos civis.
Aliados reúnem-se em Londres
A posição russa é conhecida com a ameaça de Donald Trump em desistir do processo de paz, se não houver progressos rápidos nas negociações. Washington defende cedências de território e um plano que favorece o invasor russo.
A retórica entre Estados Unidos e Rússia sobre a guerra da Ucrânia marca a semana em que alguns dos aliados de Kiev se reúnem novamente em Londres.
Com os soldados ucranianos a treinar ainda em solo britânico, a reunião tem como objetivo discutir o reforço da cooperação em defesa e segurança com a Ucrânia.