Guerra Rússia-Ucrânia

Rússia diz ter abatido mercenários portugueses na Ucrânia

A agência de noticias russa RIA avança que um grupo de combatentes terá sido morto na zona de Donetsk. Contactado pela SIC, o Ministério dos Negócios Estrangeiros esclarece que não tem conhecimento oficial de portugueses a combaterem ao lado das forças ucranianas.

Stringer/Reuters

SIC Notícias

José Milhazes

A Rússia diz ter abatido mercenários portugueses na Ucrânia, adianta uma das agências de notícias do Kremlin.

A agência russa RIA diz que um grupo de combatentes terá sido morto na zona de Donetsk.

De acordo com um comandante russo entrevistado, a nacionalidade das tropas terá sido confirmada graças à intercetação de comunicações via rádio. Posteriormente, a presença de mercenários foi confirmada por fichas e divisas nos corpos carbonizados.

MNE não tem conhecimento de portugueses a combaterem com forças ucranianas

Contactado pela SIC, o Ministério dos Negócios Estrangeiros esclarece que não tem conhecimento oficial de portugueses a combaterem ao lado das forças ucranianas.

Fontes do exército ucraniano contactadas pela SIC não comentaram este caso especifico, mas revelam que nos últimos dias têm surgido pedidos de esclarecimento a outras notícias semelhantes, que atribuem à propaganda russa. O mesmo diz o Estado Maior das forças armadas ucraniano, numa resposta oficial enviada à SIC.

O que se sabe mais?

José Milhazes, comentador da SIC, sublinha que é uma informação adiantada por uma das agências oficiais do Kremlin, que "serve para propaganda" mas por vezes também "lança informações importantes".

"Pode ser verdade" que a nacionalidade dos portugueses tenha sido confirmada graças à interceção de comunicações, acrescenta, uma vez que "entre os militares russos há muita gente que fala português".

"Muitos deles combateram em Angola, em Moçambique, na Guiné-Bissau e nas faculdades militares russas o português é uma das línguas ensinadas", afirma.

A forma como é descrito o assassinato "é bastante cruel": "Foram queimados com lança-chamas".

Quantos foram? Não se sabe. Pode ser um "grupo grande" ou "dois ou três", assinala José Milhazes.

A operação de "liquidação dos portugueses" terá ocorrido no dia 6 de março, acrescenta.

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