Funcionários da administração norte-americana estão convencidos de que os Estados Unidos não vão conseguir por termo à guerra na Ucrânia, nos próximos meses. A estratégia passa por exercer maior pressão sobre Kiev e Moscovo, que voltou a lançar drones contra território inimigo.
Nem sequer deu para tomar o fôlego o interregno de algumas horas nos ataques com drones russos. A região de Kharkiv tem vindo a ser particularmente flagelada e os lançamentos da última noite provocaram vários feridos, entre eles um bebé de nove meses.
“Foi horrível. Os drones pairavam por cima, caíam e explodiam. Não contei quantos eram. Talvez 15 ou 20. Eram muitos”, conta a proprietária de uma casa afetada pelo ataque russo.
Alguns possivelmente não armados, para enganar as defesas aéreas, mas pelo menos meia centena eram dronessuicidas, assegura a força aérea ucraniana.
Cinquenta bombas planadoras também fustigaram o território mais a nordeste, em Sumy, onde a Rússia reclama avanços no terreno e conquistas perto da fronteira.
Kiev lançou novos ataques com drones às regiões russas de Kursk e Rostov. Em Tagan-rog foram decretados estados de emergência.
Putin ordena recrutamento de 160 mil jovens
Apesar da pressão de Donaldtrump para um cessar-fogo, Putin ordenou o recrutamento de 160 mil jovens para o serviço militar.
Moscovo nega qualquer mobilização para a frente ucraniana, mas a convocatória parece reforçar a convicção dos negociadores norte-americanos de que um cessar-fogo estará longe dos planos russos.
Um encontro entre os Presidentes russo e dos Estados Unidos, na Arábia Saudita também saltou da agenda.
Já o Presidente ucraniano, nos últimos meses, tem dedicado algumas horas aos que combatem pela Ucrânia. Recentemente, deslocou-se a um hospital em Dnipro para condecorar e agradecer aos soldados feridos em combate.