Depois da humilhação na Casa Branca, o governo ucraniano diz que está a negociar com os Estados Unidos da América (EUA) um novo acordo para a exploração de minerais raros. Kiev garante que será favorável aos dois países. Quanto à guerra, acusa a Rússiade voltar a violar a trégua com um novo ataque à rede energética.
A um teatro no Leste da Ucrânia que virou um centro de acolhimento improvisado chegam, todos os dias, 70 novos deslocados. Deixam tudo para trás. Fogem dos bombardeamentos na província vizinha de Donetsk, onde as tropas russas continuam a ganhar terreno.A certeza que têm é que a guerra não deverá acabar tao cedo.
“Nem Putin, nem Zelensky, eles não vão chegar à paz”, afirma Serhii, um deslocado ucraniano.
A intuição de quem sabe o que é estar na linha da frente contrasta com a convicção de quem está habituado a estar sentado à secretaria. Donald Trump diz que quer Putin assinar um acordo de paz. “Quero ter a certeza de que ele vai cumprir e penso que o fará.” Se não o fizer, afirma Trump, há sempre a hipótese de impor novas taxas aos países que compram petróleo russo.
As ameaças dirigem-se também à Ucrânia, com a qual Trump quer assinar um acordo para a exploração de minerais. Kiev responde que está a renegociar o documento, depois de o anterior ter ficado na gaveta durante a trágicareceção de Zelensky na Casa Branca.
A Ucrânia avança ainda que está a concertar com os países aliados o plano para o envio de tropas na eventualidade de um cessar-fogo.
Umatrégua total permanece, para já, uma miragem. Esta manhã, a Ucrânia responsabilizou a Rússia peloataque fatal a Zaporíjia e acusou Moscovo de ter voltado a violar o cessar-fogo em vigor, com um novo ataque à rede energética, que deixou 45 mil pessoas sem energia, em Kherson.