Depois daquele momento azedo na Casa Branca, Zelensky parece ter aprendido a lição. Para convencer Donald Trump a ficar do lado da Ucrânia enviou-lhe uma carta elogiando-o e dando-lhe tudo o que quer. Um texto que o próprio fez questão de ler perante o congresso.
“Eu e a minha equipa estamos prontos para trabalhar sob a forte liderança do Presidente Trump para alcançarmos uma paz duradoura. Valorizamos muito o que os Estados Unidos têm feito para ajudar a Ucrânia a manter a sua soberania e independência. Relativamente ao acordo sobre minerais e segurança, a Ucrânia está pronta para o assinar assim que vos for conveniente”, leu Donald Trump, dizendo, de seguida, que agradece “o facto de ele ter enviado esta carta, recebi-a há pouco”.
Ainda não é certo se a cedência de Zelensky perante Donald Trump permitirá travar a suspensão do envio de armas norte-americanas para a Ucrânia. O presidente norte-americano garante igualmente ter recebido de Moscovo sinais preciosos.
“Tivemos conversações sérias com a Rússia e recebemos fortes sinais de que estão prontos para a paz. Não era maravilhoso?
Zelensky cede enquanto Moscovo parece ter Donald Trump na mão. Contra a maré, o presidente ucraniano dá o tudo por tudo pela atenção norte-americana.
“Procuramos uma cooperação construtiva. Relações baseadas em parcerias. Só podemos lamentar que aconteceu na Casa Branca em vez das nossas negociações. Mas temos de encontrar forças para avançar, para nos respeitarmos uns aos outros, tal como sempre respeitámos a América e a Europa”, disse o presidente ucraniano.
O acordo sobre os minerais raros não está fechado porque Donald Trump ainda está a pressionar a Ucrânia para que seja mais vantajoso para os Estados Unidos.