Ricardo Alexandre, jornalista da TSF e comentador da SIC, diz que o acordo para a exploração dos minerais raros vai representar uma espécie de colonização da Ucrânia pelos Estados Unidos. Kiev vai permitir a Washington a exploração de um conjunto de minerais importantes.
"A Ucrânia vai ceder aos Estados Unidos uma exploração de um conjunto de minerais considerados de terras raras, importantes para tudo o que é economia de futuro", afirma Ricardo Alexandre, na SIC Notícias.
A Ucrânia, com mais de 40 minerais de terras raras, é "um dos países mais fortes do mundo" neste tipo de materiais.
Por exemplo, possui importantes reservas minerais, incluindo as maiores jazidas de titânio da Europa e significativas quantidades de urânio. Estes materiais são estratégicos para a indústria aeronáutica, espacial e de defesa. Além disso, estima-se que o país tenha depósitos substanciais de terras raras.
A exploração vai ser uma espécie de "colonização" do território ucraniano pelos Estados Unidos (EUA), sinaliza o comentador da SIC, uma vez que Trump vai ter engenheiros e infraestruturas no terreno.
Apesar de os EUA terem suspendido o apoio militar, a Ucrânia garante que quer continuar a cooperar com os norte-americanos e que está pronta para assinar o acordo dos minerais. Propôs mesmo um plano de tréguas, no ar e no mar, para dar início às negociações de paz.
O acordo dos minerais foi uma exigência feita por Trump a Zelensky como compensação pelo apoio militar dados pelos norte-americanos. A ajuda dos EUA está suspensa desde sexta-feira, depois da visita do Presidente ucraniano à Casa Branca, que terminou com os ânimos exaltados entre os chefes de Estado e sem a assinatura do acordo dos minerais.