As autoridades norte-americanas cortaram a troca de informações com a Ucrânia, depois de Washington ter suspendido a ajuda militar a Kiev, embora as razões para a decisão estejam ainda por revelar, noticiou esta quarta-feira o Financial Times.
A notícia foi confirmada pelo Conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, que garante que está a conversar com o homólogo ucraniano sobre possíveis negociações para a paz.
“Demos um passo atrás e estamos a fazer uma pausa e a reverter todos os aspetos desta relação. Mas acabei de falar ao telefone antes de vir para cá, com o meu homólogo, o conselheiro de segurança nacional ucraniano. Estamos a ter boas conversações sobre a localização, para a próxima ronda de negociações sobre delegações, sobre o conteúdo. Portanto, só nas últimas 24 horas, desde a declaração pública de Zelensky e nas conversas subsequentes, que vou continuar, penso que vamos ver movimento a muito curto prazo", disse Mike Walz, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA.
“Ninguém quer a paz mais do que os ucranianos”
A suspensão da ajuda militar ocorreu também dias depois do confronto público na Casa Branca entre os presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia, Donald Trump e Volodymyr Zelensky, respetivamente, embora o líder ucraniano tenha dito terça-feira que está à disposição da "liderança firme" do magnata para alcançar a paz.
"A minha equipa e eu estamos prontos para trabalhar sob a liderança firme do Presidente Trump para alcançar uma paz duradoura", disse Zelensky. "Nenhum de nós quer uma guerra sem fim. A Ucrânia está pronta a sentar-se à mesa das negociações o mais rapidamente possível para aproximar uma paz duradoura. Ninguém quer a paz mais do que os ucranianos", concluiu.
Notícia atualizada às 17:50