Guerra Rússia-Ucrânia

Uma paz difícil: enquanto Trump e Zelensky discutem na Casa Branca, confrontos no terreno continuam

A Rússia terá atacado o território ucraniano com mais de 200 drones na última noite. O líder das tropas russas esteve junto do agrupamento Zapad, que combate no leste da Ucrânia.

Catarina Neves

Uma ucraniana, de 69 anos, chora. Acaba de ver o seu apartamento ser alvo de um drone russo. Desta vez, caiu em Zaporizhzhia. Foi na noite de quinta-feira.

A Ucrânia diz que abateu 107 dos 208 drones que a Rússia enviou nessa noite. E que 97 se perderam - o que quer dizer que não atingiram os alvos, mas também não foram abatidos.

Continuam os ataques e mantêm-se os discursos sobre a necessidade de desenhar um plano de paz para a relação entre a Ucrânia e a Rússia. O primeiro-ministro britânico saiu da visita a Donald Trump sem a garantia de apoio dos Estados Unidos da América a qualquer futura força europeia de manutenção da paz na Ucrânia.

No próximo domingo de manhã, Keir Starmer terá uma reunião telefónica com os líderes dos países bálticos e depois receberá o presidente ucraniano. À tarde, Starmer terá reuniões com líderes de vários países europeus, como França, Alemanha, Dinamarca, Itália e Turquia, bem como da NATO.

Será uma cimeira, em Londres, e servirá para sublinhar a necessidade de um "acordo forte e duradouro que proporcione uma paz permanente". Servirá também para discutir "os próximos passos no planeamento de fortes garantias de segurança".

Do lado da Rússia chegam imagens oficiais de uma visita do líder das tropas russas a um posto de comando do agrupamento Zapad, que está a combater na Ucrânia, a leste.

No vídeo enviado para as redações com o som cortado na maior parte dos planos, o general Valeri Guerasimov fala com comandantes militares e atribui medalhas a soldados. Numa declaração escrita, o ministro russo da Defesa afirmou que Guerasimov constatou o sucesso do agrupamento Zapad no terreno.

Últimas