Volodymyr Zelensky diz que aceita fazer um acordo de segurança com os Estados Unidos em troca da prospeção de minerais na Ucrânia. Além disso, o presidente ucraniano reforçou que é essencial que Trump se reúna com ele antes de discutir qualquer plano de paz com Putin.
Até há poucos dias, o mapa que assinala os principais depósitos minerais das chamadas "terras raras" era um segredo de Estado ucraniano. Um segredo revelado pelo próprio presidente Volodymyr Zelensky, para mostrar a urgência de celebrar um acordo de segurança com os Estados Unidos em troca de direitos de exploração de minérios.
Um acordo pelas reservas minerais ainda por explorar na Ucrânia, ricas em componentes essenciais para a produção de telemóveis, carros e praticamente toda a produção de tecnologias essenciais para o dia a dia e não só.
Atualmente, a China controla 60% do mercado mundial das terras raras, uma dependência que explica a urgência dos Estados Unidos em encontrar fontes alternativas de exploração mineral.
São reservas localizadas muito perto da linha da frente, na região de Dnipro. Algumas zonas já estão sob controle da Rússia, mas Zelensky afirma que são menos do que as que Moscovo reclama.
É um sinal claro dado pelo presidente ucraniano, que também sublinhou que qualquer acordo de paz tem que passar por um diálogo com Trump antes de o presidente norte-americano falar com Putin.
Durante a longa entrevista, Zelensky confirmou os avanços deste sábado das forças ucranianas na região de Kursk, na Rússia, e disse que o Ministério da Defesa está a trabalhar numa opção de contrato nas forças armadas para jovens entre os 18 e os 24 anos. Contudo, sublinhou que isso será apenas para quem quiser alistar-se e que não se trata de uma nova mobilização.