Levar a cama às costas, como quem arrasta o último amparo. Em Pokrovsk, cidade no coração de Donetsk, a imagem da desolação da guerra, que o inverno agrava.
Sem aquecimento, sem gás nem água, com o inimigo à porta, os habitantes de Pokrovsk só pensam em partir. Em fevereiro de 2022, antes da guerra, Pokrovsk tinha 60 mil habitantes. Nove mil ainda resistem, por enquanto.
A região tem sido palco de batalhas ferozes nos últimos meses. A queda de Pokrovsk, um centro logístico importante para o exército ucraniano, é um dos maiores reveses para Kyiv nos últimos tempos.
É imperativo para a Rússia acelerar a ofensiva no Donbass de forma a gozar da melhor posição negocial para a tomada de posse do novo presidente norte-americano e para as futuras conversações entre Trump e Putin.