Guerra Rússia-Ucrânia

Num ataque em larga escola, Rússia atinge centrais de energia ucranianas

A Rússia voltou a atacar esta sexta-feira a Ucrânia lançado mais de 90 mísseis e cerca de 200 drones, atingido principalmente a infraestrutura elétrica do país. O secretário-geral da NATO voltou a apelar aos cidadãos dos estados-membros da Aliança Atlântica para que exijam maiores gastos em defesa para enfrentar qualquer ofensiva que Moscovo decida levar adiante.

Pedro Miguel Costa

O som a rasgar os céus sobre a Ucrânia anunciava mais um dia de longo bombardeamento por todo o país. A Rússia voltou a atingir principalmente centrais de energia com quase 300 mísseis e drones. Perante a intensidade do ataque, várias estações em Kiev encheram de gente à procura dum lugar seguro.

“Claro que preferia ir trabalhar e que a minha filha fosse à escola. Mas, como podem ver, foi emitido um alerta de ataque aéreo e tivemos de ir para o abrigo, para nos protegermos dos mísseis”, explica uma residente local. 

A Leste os russos aproximam-se cada vez mais. Pokrovsk é uma das cidades que Moscovo mais quer por ser um ponto estratégico de abastecimento das tropas ucranianas. Quem lá mora está prestes a partir, a muito custo. 

“Está muito assustador. São dois quilómetros até à linha da frente. Consegue-se ouvir morteiros e minas pelo ar. Os drones parecem corvos. É um momento muito assustador”, explica uma residente. 

A guerra pode parecer distante para os que moram nos países da Aliança Atlântica, mas a liderança da NATO pede agora de forma sistemática para não só que se gaste mais dinheiro em defesa pede ainda para que se acredite já estarmos todos na batalha. 

“Podemos evitar a próxima grande guerra em território da NATO e preservar o nosso modo de vida. Para isso, é preciso que sejamos todos mais rápidos e mais determinados. Desta vez, devemos adotar uma mentalidade belicista e reforçar a nossa produção e as nossas despesas com a defesa”, diz Mark Rutte, secretário-geral da NATO. 

O apelo é feito antes da chegada de Donald Trump onde a doutrina poderá mudar de alto a baixo. Numa entrevista à revista Time, Trump critica o uso de mísseis americanos de longo alcance contra posições na Rússia. O Presidente eleito dos Estados Unidos acredita que isso só aumenta a escalada da guerra.

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