Guerra Rússia-Ucrânia

Plano de vitória de Zelensky: "Da forma como foi desenhado não é exequível"

O comentador da SIC Manuel Poêjo Torres afirma que a Ucrânia como um todo não pode integrar a NATO como Estado "porque existem porções deste Estado que estão sob ocupação ilegal da Rússia."

SIC Notícias

O plano de vitória apresentado por Zelensky "está dependente da estratégia da política e da visão dos aliados para o futuro do continente europeu", diz Manuel Poêjo Torres, que explica a dificuldade em ser executado e a questão de a Ucrânia integrar a NATO.

"Este plano de vitória da forma como foi desenhado não é exequível, mas é um caminho para chegarmos a um consenso diplomático, que force russa a Rússia a esse compromisso diplomático".

Em princípio, a Ucrânia só poderia integrar a NATO se existisse um acordo de paz entre a Ucrânia e a Federação Russa, onde os territórios e as novas fronteiras da Ucrânia ficassem assentes pela letra da lei.

"A Ucrânia como um todo não pode integrar a NATO como Estado porque existem porções deste Estado que estão sob ocupação ilegal e, portanto, isto colocaria um problema muito grave para todos os aliados. Mesmo chegando a um acordo de paz com a Rússia, se a Rússia não deslocar as suas forças de volta para o seu país e se não abandonar estes territórios que ilegalmente anexou, então, que parte da Ucrânia é que poderá integrar a NATO?"

Manuel Poêjo Torres faz uma comparação entre a Alemanha da II Guerra Mundial e a Ucrânia de hoje, afirmando que Putin não aceitaria um modelo idêntico àquilo que aconteceu na divisão na Alemanha no pós Segunda Guerra Mundial, ou seja, com zonas.

"Eu penso que Vladimir Putin e a Rússia identificaram lições que já foram apreendidas e é essa a aprendizagem das lições com a história da União Soviética é de que não devem permitir que nenhum Estado aliado que possa administrar a defesa de territórios vizinhos da Federação Russa".

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