O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, chegou a Kiev, esta quarta-feira, para uma visita surpresa, durante a qual deverá ser anunciada uma nova ajuda ao país a fazer face à invasão russa.
"Esperamos que o secretário de Estado anuncie mais de mil milhões de dólares, cerca de 31 milhões de euros, ao câmbio atual, em novos fundos americanos para a Ucrânia", disse um alto funcionário do Departamento de Estado aos jornalistas.
Destacou, também, os progressos das forças ucranianas na contraofensiva para retomar território ocupado pelas tropas russas e afirmou que Washington pretende garantir que a Ucrânia "tem tudo o que precisa".
"Estamos a ver progressos na contraofensiva", disse aos jornalistas o secretário de Estado norte-americano à margem de um encontro com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, embora tenha reconhecido que o avanço "é muito complicado".
Blinken manifestou intenção de continuar a trabalhar com os aliados de Kiev na construção da economia e uma democracia firmes na Ucrânia, para que o país "não só sobreviva, mas prospere no futuro", tendo nos Estados Unidos "um parceiro forte" para estes objetivos.
Depois de chegar a Kiev, Blinken colocou uma coroa de flores no cemitério de Berkovetske, em homenagem às militares ucranianas que morreram na guerra, segundo a agência norte-americana AP, e avistou-se com o seu homólogo e também com o primeiro-ministro, Denys Shmyhal, tendo ainda previsto um encontro com o Presidente Volodymyr Zelensky.
Ataque russo provoca pelo menos 16 mortos
A União Europeia classificou como "horrendo e bárbaro" o bombardeamento russo que visou, esta quarta-feira, um mercado no leste ucraniano, provocando pelo menos 16 mortos, considerando ainda que Moscovo continua a "aterrorizar a população" da Ucrânia.
"A Rússia continua a aterrorizar a população da Ucrânia. O ataque horrendo e bárbaro de hoje com um míssil balístico a um mercado em Kostyantynivka, na região de Donetsk, matou pelo menos 16 pessoas, incluindo uma criança, e feriu dezenas", condenou em comunicado o porta-voz do alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros.
Na mesma nota informativa, a UE considerou que o ataque decorre de "uma escalada nos últimos meses de ataques com mísseis, de drones por toda a Ucrânia", que têm como alvos pessoas e infraestruturas civis, "que feriram mais de 410 pessoas só nas últimas duas semanas".