Guerra Rússia-Ucrânia

Caças F-16 na Ucrânia: “Só haverá esquadrões treinados lá para 2027”

Daniel Pinéu e José Milhazes analisam a promessa de envio de caças F-16 para a Ucrânia, apontando obstáculos na logística do processo e levantando questões sobre a diferença que farão na guerra.

Daniel Pinéu

José Milhazes

Os Países Baixos e a Dinamarca prometeram na semana passada enviar caças F-16 à Ucrânia, mas a sua utilização plena no terreno poderá acontecer só em 2027, afirma Daniel Pinéu. Para além da demora, José Milhazes questiona qual será a utilidade de seis caças “numa guerra destas”.

“Há grandes obstáculos pela frente: até haver uma frota grande o suficiente para ter algum efeito e voar em grandes formações, estamos a falar de no mínimo um a dois anos”, afirma Daniel Pinéu.

O comentador SIC enumera ainda a necessidade de treinar os pilotos, tarefa que deverá demorar no mínimo seis meses, e alerta para o facto de a vasta maioria dos militares não estar preparada com o inglês necessário para fazer o curso.

“Só haverá esquadrões treinados lá para 2027, isto não vai fazer nada a curto prazo”, sublinha.

José Milhazes acrescenta que o número de caças que a Ucrânia deverá receber será “claramente insuficiente” e revela que os ucranianos estão indignados, pois sabem que “não vai resolver problema nenhum”.

O comentador SIC recorda que a Ucrânia está a ter alguns êxitos no terreno, mas que são “muito pequenos”.

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