Dois edifícios foram esta segunda-feira atingidos por drones em Moscovo, na Rússia. Um dos alvos do ataque, que não registou vítimas, seria o ministério da Defesa.
A Ucrânia confirmou já a realização de uma operação especial contra a capital russa.
"Os especialistas conseguiram bloquear os ataques e os drones despenharam-se sem atingir os seus alvos. Ninguém ficou ferido", afirmou uma televisão russa sobre os ataques desta madrugada a Moscovo.
No sul da capital, onde foram registadas as explosões, há quem tenha se assutado com o ataque, e quem tenha continuado a dormir.
“Não vimos nada a voar, apesar das janelas estarem abertas. Não ouvimos o som”, garantiu Sergei, que vive em Moscovo. “Eu estava a dormir e fui acordada por uma explosão. Começou tudo a tremer. Parecia que todo o edifício tinha colapsado. Foi estranho os danos serem tão poucos”, afirmou a residente Polina.
Kiev confirmou já uma operação militar especial que teria como alvo o próprio ministério russo da Defesa. O Kremlin diz que neutralizou os ataques, acusou de imediato a Ucrânia de terrorismo e garantiu que mantém a ofensiva ucraniana.
Cereais ainda é um tema presente
Em solo ucraniano, e também com drones, a Rússia destruiu dois armazéns de cereais, em Runi, no Danúbio, junto à fronteira da Moldávia e da Roménia.
Com o fim do acordo do Mar Negro, as instalações atingidas eram consideradas uma alternativa para a exportação dos cereais ucranianos.
Em Roma, numa conferência sobre a alimentação, o secretário-geral da ONU apelou ao fim do bloqueio russo que prejudica os mais pobres do mundo.
Guterres criticou ainda a destruição, domingo, da catedral de Odessa. Expressou a preocupação com a ameaça desta guerra para a cultura e património.
Segundo a UNESCO, desde 24 de fevereiro do ano passado, já foram danificados 270 sítios culturais, incluindo mais de cem religiosos, na Ucrânia.