Guerra Rússia-Ucrânia

Luz verde da Turquia para Suécia na NATO é mais uma "derrota geoestratégica" para Putin

A Turquia deu luz verde à candidatura da Suécia à NATO. Já Estocolmo vai apoiar os esforços para revigorar o processo de adesão da Turquia à União Europeia. A Rússia já reagiu, acusando a Turquia de se estar a tornar um país hostil.

Germano Almeida

SIC Notícias

Germano Almeida, comentador da SIC, considera que a luz verde da Turquia para a candidatura da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) é mais uma "derrota geoestratégica" de Putin. A Turquia deu luz verde para a candidatura de Estocolmo, após ter bloqueado a entrada da Suécia durante meses.

Na Edição da Manhã, Germano Almeida felicita os novos avanços, após a "luz verde" da Turquia.

"Bem-vinda, Suécia, à NATO. Já não escapa. Vai demorar uns dias, mas acho que fica muito claro que Putin tem mais uma derrota estratégica", afirma.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, vai enviar o quanto antes o protocolo de adesão da Suécia à NATO, para que seja ratificado pelo Parlamento, anunciou na segunda-feira o secretário-geral da Aliança Atlântica.

O Parlamento turco terá de deliberar sobre o protocolo de adesão sueco e ratificá-lo para que o processo acabe.

Durante meses, a Turquia bloqueou a entrada da Suécia na NATO e Ancara acusava Estocolmo de dar asilo a elementos do PKK, que considera uma organização terrorista, providenciando-lhes uma base para coordenarem as operações em solo turco.

Já a Suécia vai apoiar os esforços para revigorar o processo de adesão da Turquia à União Europeia, incluindo a liberalização de vistos.

A Rússia já reagiu ao acordo entre Ancara e a NATO para avançar com a candidatura da Suécia à aliança atlântica. Diz que a Turquia está a perder a neutralidade e que se está a tornar um país hostil. Considera ainda que o comportamento das autoridades turcas é uma “punhalada nas costas”.

Ucrânia na NATO?

O comentador da SIC defende, na Edição da Manhã, que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem um "argumento errado, mentiroso e criminoso" ao dizer que a invasão na Ucrânia seria uma travagem do alargamento da NATO a leste.

Vários países perceberam que, se a Ucrânia tivesse entrado antes para a NATO, a "tragédia ucraniana" não teria acontecido, refere.

O pedido de Kiev para integrar a maior aliança militar do mundo é um dos temas em cima da mesa na cimeira em Vilnius, na Lituânia, que arranca esta terça-feira.

Germano Almeida esclarece ainda que o reforço da prontidão da NATO vai passar por três planos: um mais a noite, outro que é um eixo mais centrar e outro no mediterrâneo e sul.

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