A contraofensiva ucraniana foi anunciada há um mês, mas até agora ainda não teve grande impacto. Já houve alturas, ao longo da guerra, em que a Ucrânia conseguiu muito mais progressos sem quaisquer anúncios.
Os maiores doadores lamentam que os avanços no terreno sejam escassos, mas entendem as razões.
Curiosamente, o primeiro a anunciar que a contraofensiva estava em marcha foi o presidente da Rússia.
"Posso afirmar que esta ofensiva já começou. Isto é evidenciado pela utilização das reservas estratégicas do exército ucraniano", afirmou Putin na altura.
Feitas as contas, a Ucrânia diz ter recuperado no espaço de um mês a área equivalente a um pouco mais que duas vezes à que Portugal Continental ocupa.
Uma batalha ainda sem fim à vista
Mas o avanço parece a conta-gotas e de alguma forma parece decepcionar quem mais tem contribuído com armamento e doações ao longo do conflito. Gastam-se incontáveis munições e a perda de vidas humanas de parte a parte parece não ter fim.
A Ucrânia despeja sobre os russos tudo o que o Ocidente envia, mas o outro lado não se mostra disposto a desistir tão facilmente.
A contraofensiva avança bem devagar, enquanto as tropas russas estão entrincheiradas atrás de linhas de defesa fortificadas.