Guerra Rússia-Ucrânia

Prigozhin esteve reunido com Putin cinco dias depois da rebelião

O Kremlin afirma que o líder do grupo Wagner participou numa reunião com o Presidente da Rússia e outros 34 comandantes dos mercenários. Garante ainda que os comandantes prometeram lealdade a Putin.

YULIA MOROZOVA/Reuters

SIC Notícias

O Kremlin anunciou, esta segunda-feira, que o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, participou numa reunião com o Presidente russo, Vladimir Putin, cinco dias depois da rebelião.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, avança que o encontro aconteceu no dia 29 de junho, tendo contado com a presença de 35 pessoas, nas quais se incluíam comandantes do grupo de mercenários.

“A única coisa que podemos dizer é que o Presidente fez uma avaliação das ações da companhia na frente durante a operação militar especial [na Ucrânia] e fez uma avaliação dos eventos de 24 de junho”, afirma Peskov.

O Presidente russo ouviu ainda as explicações dos elementos presentes na reunião, que teve uma duração de três horas, e ofereceu opções futuras para os soldados. Os comandantes terão prometido lealdade a Putin

“Os comandantes deram a sua versão do que se passou [no dia 24 de junho]. Eles enfatizaram que são partidários e vigorosos apoiantes do Chefe de Estado e do chefe de Estado Maior das Forças Armadas. Disseram também que estão prontos para continuar a lutar pela pátria”, acrescenta.

No dia 24 de junho, Prigozhin liderou um movimento de rebelião contra o Governo russo. Os mercenários do grupo Wagner marcharam em direção a Moscovo, ficando apenas a cerca de 200 quilómetros da capital. Este foi o maior desafio de sempre à liderança de Putin

O objetivo desta revolta militar não era, segundo Prigozhin, depor o Governo, mas “levar à justiça” o ministro da Defesa e os responsáveis pelo exército. O líder do grupo Wagner queixava-se das más condições dadas aos soldados na frente de combate.

A rebelião foi interrompida depois do Presidente bielorrusso, Alexandre Lukashenko, ter alcançado um acordo com Prigozhin, no qual lhe oferecia exílio na Bieolorrússia. Desde então, Putin tem agradecido ao exército de mercenários pelo serviço na guerra da Ucrânia.

Apesar de estar previsto que Prigozhin ficasse na Bieolorrússia, tal não terá acontecido. Na semana passada, Lukashenko anunciou que o líder do grupo Wagner teria regressado à Rússia.

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