Guerra Rússia-Ucrânia

Suécia na NATO: Rússia diz que Turquia está a tornar-se país hostil após recuo no veto

Moscovo afirma que a Turquia está a perder a neutralidade e que se está a tornar um país hostil. Além da decisão de levantar o veto turco à adesão da Suécia, a Rússia critica ainda a troca de prisioneiros de guerra entre a Ancara e a Kiev.

Yves Herman

SIC Notícias

Lusa

Moscovo afirma que a Turquia está a perder a neutralidade e que se está a tornar um país hostil. É a primeira reação da Rússia ao acordo alcançado entre Ancara e a NATO para avançar com a candidatura da Suécia à aliança atlântica.

Em declarações a uma agência de notícias russa, um oficial de defesa fala numa série de decisões provocatórias, nomeadamente a troca de prisioneiros de guerra entre a Turquia e a Ucrânia.

Considera ainda que o comportamento das autoridades turcas é uma “punhalada nas costas”.

"É um dia histórico": Turquia dá luz verde para candidatura da Suécia à NATO

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, vai enviar o quanto antes o protocolo de adesão da Suécia à NATO, para que seja ratificado pelo parlamento, anunciou esta segunda-feira o secretário-geral da Aliança Atlântica.

O anúncio foi feito por Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa no final de uma reunião entre o Presidente da Turquia e o primeiro-ministro da Suécia, em Vílnius, na Lituânia, um dia antes do início da cimeira da Aliança Atlântica.

"É um dia histórico, é um compromisso verdadeiro", disse o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), sem apontar quando vai ser feita a ratificação turca, principal obstáculo à adesão sueca, mas assegurando que "vai ser o mais rápido possível".

O parlamento turco terá agora de deliberar sobre o protocolo de adesão sueco e ratificá-lo para que o processo acabe.

À semelhança da Turquia, o parlamento da Hungria ainda não o fez, mas Jens Stoltenberg descartou que isso não aconteça agora que Ancara está a um passo de validar a adesão de Estocolmo.

O secretário-geral da aliança político-militar, da qual Portugal faz parte como país fundador, acrescentou que a adesão da Suécia tem especial importância "neste momento crítico" que o mundo está a viver por causa da invasão russa à Ucrânia: "Vai fazer com que sejamos mais fortes".

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