Guerra Rússia-Ucrânia

Rússia: autoridades confirmam bom ritmo da reparação de danos da rebelião Wagner

Algumas secções da M4, que vai de Moscovo à cidade de Novorossiysk e foi a principal rota utilizada pelo comboio, ainda estavam sujeitas a algumas restrições.

SIC Notícias

Lusa

As autoridades das três regiões do sudoeste da Rússia, Rostov, Voronezh e Lipetsk, mais afetadas pela rebelião de sábado do grupo paramilitar Wagner, estão a concluir a bom ritmo os trabalhos de reparação dos danos nas infraestruturas, incluindo estradas.

Os danos foram particularmente visíveis na cidade de Rostov, onde cerca de 10 quilómetros quadrados de estradas foram danificados pela passagem do comboio do grupo Wagner, em especial dos tanques, sobretudo ao longo da avenida principal de Budyonnovsky, de acordo com o chefe da administração da cidade, Alexei Logvinenko.

Segundo a agência noticiosa russa Interfax, as autoridades da cidade esperam que os danos causados pela passagem do Wagner sejam reparados no prazo de dois dias.

A região de Voronezh levantará as restrições em vigor nas próximas horas, enquanto as estradas de Lipetsk já estão abertas ao tráfego, embora sejam necessários grandes trabalhos de asfaltagem - os militares russos e mesmo a população da região destruíram parte das estradas para impedir a passagem do grupo Wagner - "que começarão na próxima segunda-feira", diz a administração local à Interfax.

Lipetsk também retomou totalmente os serviços de autocarros em todas as direções.

No entanto, a empresa estatal russa Avtodor, que gere a rede nacional de autoestradas, afirmou que algumas secções da M4, que vai de Moscovo à cidade de Novorossiysk e foi a principal rota utilizada pelo comboio, ainda estavam sujeitas a algumas restrições.

No sábado, o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".

Ao fim do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

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