Dois drones (aeronaves não tripuladas) despenharam-se esta segunda-feira, sem explodir, numa autoestrada na região russa de Kaluga, vizinha de Moscovo, informaram as autoridades locais.
O governador de Kaluga, Vladislav Shapsha, disse que a estrada afetada foi encerrada e o tráfego foi desviado para outras vias. A cidade de Kaluga, capital da região com o mesmo nome, situa-se a cerca de 160 quilómetros a sul de Moscovo.
Na região de Belgorod, junto à fronteira com a Ucrânia, um explosivo lançado por um drone caiu numa instalação de energia e provocou um incêndio, segundo o governador local, Vyacheslav Gladkov,
"A causa preliminar do incêndio é uma bomba lançada por um drone", anunciou Gladkov nas redes sociais, citado pela agência espanhola EFE.
O ataque não provocou feridos, acrescentou.
As autoridades da região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, também denunciaram um "aumento da atividade dos drones ucranianos" na última semana.
O governador de Kursk, Roman Starovoit, disse que um desses aparelhos foi intercetado no domingo, por meios de guerra radioeletrónicos russos.
Segundo Starovoit, o drone pertencia ao batalhão ucraniano Azov.
As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022, não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
Esta segunda-feira mesmo, a Rússia disse ter repelido uma "grande ofensiva" ucraniana em Donetsk, no domingo, enquanto Kiev anunciou ter rechaçado todos os ataques russos perto da cidade de Marinka, na mesma região do leste da Ucrânia.
O Ministério da Defesa britânico disse esta segunda-feira que a Rússia lançou mais de 300 drones contra a Ucrânia em maio, na utilização mais intensa deste sistema de armas desde o início da guerra.
Na avaliação dos serviços de inteligência militares britânicos, que divulgam diariamente um boletim sobre o conflito, a intenção da Rússia seria "forçar a Ucrânia a a disparar stocks de valiosos e avançados mísseis de defesa aérea".
Os analistas britânicos consideram como "pouco provável que a Rússia tenha tido um êxito assinalável", porque a Ucrânia neutralizou pelo menos 90% dos ataques "recorrendo sobretudo às armas de defesa aérea mais antigas e mais baratas".
Os analistas admitiram que, com estes ataques, Moscovo "também tenha tentado localizar e atingir as forças ucranianas bem atrás da linha da frente".
"No entanto, a Rússia continua a ser muito ineficaz a atingir tais alvos dinâmicos à distância devido aos fracos processos de seleção de alvos", acrescentaram.