Germano Almeida, comentador da SIC, considera que há sinais de um "agravar" da nova etapa que estará para começar na guerra na Ucrânia.
Na Edição da Manhã, destaca que a Ucrânia mostra condições de, pontualmente, ter "ações que atinjam objetivos russos a sul nos territórios ocupados, na Crimeia ou até em território russo".
"A Ucrânia está na iminência de começar a contraofensiva", diz.
No entanto, explica que a "grande ofensiva" só começa quando a Ucrânia conseguir "avançar e ter ataques em profundidade do mesmo modo que teve ataques em Kharkiv".
No entanto, a Rússia está a aumentar de novo o "grau de ataque", observa, exemplificando com os ataques russos a Kherson, esta quarta-feira, que provocaram pelo menos 21 mortos e dezenas de feridos.
"Há sinais de um agravar da tal nova etapa que está para começar", afirma.
Pelo menos 21 pessoas morreram e 48 ficaram feridas esta quarta-feira numa série de ataques russos contra a região de Kherson, no sul da Ucrânia. Nos ataques, foram atingidos um hipermercado, uma estação de comboios, uma bomba de gasolina e vários prédios.
Acordo de cereais
Sobre o acordo de cereais, que termina a 18 de maio, Germano Almeida considera que poderá ficar "mais comprometido" e, nesse sentido, refere que o papel de António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, "poderá ser muito importante".
António Guterres entregou, no final de abril, ao chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, uma carta dirigida ao Presidente Vladimir Putin, com uma proposta para "melhorar e prolongar" o Acordo dos Cereais do Mar Negro. O acordo foi um dos tópicos abordados entre o líder da Organização das Nações Unidas (ONU) e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, numa reunião entre ambos na sede da ONU, em Nova Iorque.