Guerra Rússia-Ucrânia

MNE da NATO reúnem-se em Bruxelas em dia da adesão da Finlândia

O ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da NATO reúnem-se na sede da organização para avaliar todo o apoio político, económico-financeiro e militar prestado a Kiev e definir as próximas tranches.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO.
TT NEWS AGENCY

Lusa

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) reúnem-se esta terça-feira no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, para discutir o apoio conjunto à Ucrânia, no mesmo dia em que a Finlândia se torna o 31.º aliado.

Mais de um ano depois do início da invasão da Federação Russa à Ucrânia, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da NATO reúnem-se na sede da organização para avaliar todo o apoio político, económico-financeiro e militar prestado a Kiev e definir as próximas tranches.

Na segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou que a partir de esta terça-feira a Finlândia torna-se o mais recente Estado-membro da Aliança Atlântica, pelo que o chefe da diplomacia de Helsínquia também vai participar na reunião.

Durante a tarde, haverá uma cerimónia para içar a bandeira do 31.º membro da Aliança Atlântica. João Gomes Cravinho vai participar na reunião em representação de Portugal.

Jens Stoltenberg anunciou também que os Estados-membros vão discutir maneiras de fazer com que no futuro a Ucrânia seja um país mais autónomo na Defesa, agora que houve "uma transição" do armamento utilizado, para o enviado pelo Ocidente, substituindo o do tempo da União Soviética.

Com cada vez maior incerteza em relação à reorganização da geopolítica internacional, os Estados-membros também vão discutir as principais ameaças à Aliança Atlântica, nomeadamente "o Irão, a Rússia e a China", adiantou Stoltenberg.

Teerão e Pequim são acusados pelos países da aliança de apoiar Moscovo na guerra e há meses que drones iranianos são encontrados a sobrevoar os céus da Ucrânia.

Não há ainda evidências de que a China esteja a fornecer armamento à Rússia, mas os Estados Unidos e o Reino Unido estão há semanas a alertar para essa possibilidade. O encontro entre o Xi Jinping e Vladimir Putin há duas semanas em Moscovo adensou essa dúvida.

Na segunda-feira, o secretário-geral da NATO considerou que esta terça-feira ia ser "um bom dia" para a aliança, uma vez que a Finlândia vai fechar um dos flancos da Rússia, com quem partilha uma longa fronteira.

Ao contrário da maioria dos países, Helsínquia continuou a investir na Defesa depois do período da Guerra Fria (1947 a 1991 e Stoltenberg fez questão de referir isto repetindo que o Kremlin "queria menos NATO, mas vai ter, precisamente, o oposto".

Ainda à porta da NATO fica a Suécia, que pediu formalmente a adesão em simultâneo com a Finlândia, processo que se mantém pendente da ratificação parlamentar pela Turquia e Hungria.

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