O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, pediu esta sexta-feira um cessar-fogo na Ucrânia e o início das negociações de paz.
Lukashenko, no discurso anual aos deputados e funcionários do Governo, afirmou que "ainda é possível uma solução pacífica". No entanto alerta que a Rússia, caso se sinta ameaçada, poderá usar "a arma mais terrível".
"É impossível derrotar uma potência nuclear. Se a liderança russa entender que a situação ameaça provocar a desintegração da Rússia, esta poderá usar a arma mais terrível. E isso não pode ser permitido", afirmou.
O líder da Bielorrússia defende que "há que travar isto agora, antes de um agravamento da violência".
O Kremlin reconheceu a proposta de cessar-fogo de Lukashenko e disse que os dois Presidentes teriam a oportunidade de discutir a questão na próxima semana, porém ressalvou que a situação na Ucrânia não mudou.
A Ucrânia já tinha rejeitado a proposta de Minsk para mediar a paz. Kiev diz que a Rússia continua a usar o espaço aéreo bielorrusso para ataques com drones e mísseis contra a Ucrânia, para além de ter usado a Bielorrússia como plataforma de lançamento da invasão em fevereiro do ano passado.