A União Europeia vai financiar produção e envio de munições para a Ucrânia que custará dois mil milhões de euros, dado que os Estados-membros concordaram em entregar um milhão de munições de artilharia nos próximos 12 meses a Kiev.
A União Europeia vai pagar dois mil milhões de euros para garantir munições que a Ucrânia tem vindo a pedir e a precisar para travar a ofensiva das tropas russas.
Boris Pistorius, ministro da Defesa alemão, anunciou esta segunda-feira, numa reunião em Bruxelas, que estão a caminhar para compra conjunta de munições.
Já Dmytro Kouleba, chefe da diplomacia ucraniana, saudou esta ação, reforçando a rapidez com que o país tem de receber as munições, de acordo com o apelo de Zelensky feito a 9 de fevereiro.
Os diplomatas europeus estão, também, preocupados com a escalada da guerra e as suas dimensões, nomeadamente com a relação do Kremlin com Pequim.
Vladimir Putin reuniu-se esta segunda-feira com Xi Jinping, onde o Presidente Chinês revelou manter a sua imparcialidade no que diz respeito à guerra na Ucrânia.
Da mesma forma, os dois chefes de Estado discutiram o plano proposto por Pequim para resolver o conflito na Ucrânia: "Os tópicos abordados no plano [chinês] para a Ucrânia vão fazer parte das negociações", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em conferência de imprensa.
O pagamento bilionário da UE vem após o pedido, em dezembro ,de Josep Borrel, chefe da diplomacia europeia, aos Estados-Membros para mobilizarem dois mil milhões de euros para o European Peace Facility, fundo utilizado desde o início da guerra para o fornecimento de armas à Ucrânia.
Metade desse dinheiro, segundo a AFP, será para reembolsar os países pelas munições que forneceram. A outra metade será usada para as tais compras conjuntas de munição 155 mm para as tropas ucranianas.
A ideia de Josep Borrell é aumentar a capacidade de produção europeia de armamento e munições, ao invés de comprar aos Estados Unidos e Israel, segundo Thierry Breton, comissário europeu para o Mercado Interno.
“O aumento da capacidade industrial é essencial. Devemos mudar para o modo de economia de guerra”, explicou.