Guerra Rússia-Ucrânia

NATO admite que Bakhmut poderá cair "nos próximos dias" para os russos

Jens Stoltenberg reconheceu que a Rússia está a usar “mais força” na região, mas ressalva que a queda de Bakhmut “não reflete, necessariamente, um ponto de viragem na guerra”.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO.
TT NEWS AGENCY

SIC Notícias

Lusa

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, admitiu esta quarta-feira que a cidade ucraniana de Bakhmut poderá cair "nos próximos dias" para as forças russas, insistindo que é preciso levar a sério a capacidade das Forças Armadas da Rússia.

"Não devemos subestimar a Rússia", disse Jens Stoltenberg, pouco antes de entrar para uma reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), organizada pela presidência sueca do Conselho da UE.

O secretário-geral da NATO acrescentou que a Federação Russa "está a utilizar mais tropas, mais forças" do que no início da invasão, que começou há pouco mais de um ano: "O que [a Rússia] não tem em qualidade está a tentar compensar em quantidade.

"Sobre a situação em Bakhmut, Jens Stoltenberg admitiu que não se pode "excluir que possa cair nos próximos dias".

Contudo, salientou o secretário-geral da NATO, é "importante realçar que isso não reflete, necessariamente, um ponto de viragem na guerra".

Em simultâneo, é necessário "continuar a apoiar a Ucrânia", acrescentou Stoltenberg, realçando que até esta quarta-feira os países ocidentais apoiaram o país em 150 mil milhões de euros -- 65 mil milhões de euros deste total em apoio militar.

A prioridade, completou o representante, é "aumentar a produção de munições".

Os jornalistas presentes em Estocolmo, onde decorre a reunião ministerial, insistiram em questionar Stoltenberg sobre a notícia de terça-feira do diário norte-americano The New York Times sobre um relatório preliminar que sugere que a sabotagem do gasoduto Nord Stream 2, em setembro de 2022, foi feita por uma organização pró-ucraniana.

Sobre isto, o secretário-geral da NATO repetiu o mesmo que disse na terça-feira, quando foi confrontado com a notícia depois de um encontro com o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson.

Segundo Jens Stoltenberg é necessário aguardar pelo fim das investigações ao incidente e é igualmente importante reforçar as infraestruturas críticas europeias.

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