Os Estados Unidos aprovaram esta sexta-feira um novo pacote de 400 milhões de dólares, cerca 376 milhões de euros, de ajuda militar à Ucrânia, coincidindo com a visita a Washington do chanceler alemão, Olaf Scholz.
O novo pacote, o 33.º que os Estados Unidos da América (EUA) enviam a Kiev, inclui munições para o sistema de mísseis de longo alcance HIMARS e para os tanques Bradley, entre outro tipo de armamento, indicou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, num comunicado.
"A Rússia poderia terminar hoje mesmo com a sua guerra. Enquanto não o fizer, continuaremos unidos à Ucrânia, fortalecendo o seu exército no campo e batalha", assinalou o chefe da diplomacia norte-americana.
Na mesma nota informativa, Blinken sublinhou o "incrível compromisso" manifestado por mais de 50 países aliados que têm fornecido apoio à Ucrânia para que "defenda a sua soberania e a sua integridade territorial".
O anúncio deste novo pacote coincide com a visita de Scholz a Washington, onde esta sexta-feira irá manter um encontro na Casa Branca com o Presidente norte-americano, Joe Biden, também relacionado com a ajuda à Ucrânia.
Os EUA e a Alemanha, aliados na NATO, protagonizaram em fevereiro difíceis negociações sobre o envio pela primeira vez de tanques à Ucrânia, concluídas com a entrega de carros blindados Abrams por parte dos norte-americanos e tanques Leopard 2 pelos alemães.
Na véspera do encontro com o líder norte-americano, o chanceler alemão afirmou que Berlim está em linha com as posições de Biden sobre a NATO e que a deslocação a Washington tem como objetivo "estreitar a sintonia" face à invasão russa da Ucrânia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).A invasão russa, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.