Guerra Rússia-Ucrânia

Quatro cidades na Ucrânia alvo de ataques com mísseis

Segundo as Forças Armadas ucranianas, terão sido lançados 36 mísseis russos, dos quais 16 foram abatidos. As sirenes de ataque aéreo ouvem-se por todo o país

Ataque na Ucrânia.
STRINGER

SIC Notícias

Pelo menos quatro cidades ucranianas foram atacadas esta madrugada: Kherson, Kharkiv, Zaporíjia e Lviv.

As Forças Armadas da Ucrânia afirmam que foram lançados pelo menos 36 mísseis russos, dos quais 16 foram abatidos. Na manhã desta quinta-feira, soam as sirenes de alerta de ataque aéreo por todo o país – um aviso para que a população se proteja.

Os ataques surgem depois dos países do ocidente prometerem aumentar a ajuda militar à Ucrânia. Os especialista e analistas acreditam que a Rússia esteja a preparar uma ofensiva em grande escala, numa altura que se assinala o primeiro ano da guerra.

Ucrânia “volta a acordar com alerta vermelho em todo o país”

Até ao momento não há registo de vítimas associado aos ataques às várias cidades ucranianas, avança Germano Almeida, comentador SIC.

“A ideia forte é que a Ucrânia volta a acordar com alerta vermelho em todo o país”, destaca em declarações à Edição da Manhã.

Germano Almeida sublinha que os ataques foram realizados com mísseis de cruzeiro russos, enviados do Mar Cáspio e do Mar Negro.

“Eu encaro e interpreto isto na sequência da indicação ontem dos ucranianos do abate dos seis balões espiões russos e também da indicação dos ucranianos de que nos últimos dias conseguiram “eliminar” – as palavras são deles – ou seja matar um número muito elevado de soldados russos.”

Nos últimos meses, devido às baixa temperaturas características do inverno ucraniano, a guerra tem sido “de atrição”, ou seja, há um “combate feroz de muita artilharia – o que deu muitos mortos – mas não foi uma guerra de movimento”. No entanto, as temperaturas já começam a subir, o que “está a antecipar o calendário de guerra”.

“Enquanto não vem o reforço ucraniano, a Rússia vai fazer tudo para tomar posições em Lugansk”, afirma Germano Almeida.

O comentador destaca ainda que a Rússia está a utilizar grupos de mercenários, o que poderá ser uma forma de se “tentar eximir de eventuais responsabilidades futuras em crimes de guerra”. Para Germano Almeida, esta estratégia, “a longo prazo, infelizmente, beneficia o agressor”.

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