O jornalista Rui Caria esteve duas vezes na Ucrânia durante o último ano acompanhado pelo repórter de imagem Daniel Rodrigues.
Recorda que da primeira vez em que esteve em solo ucraniano, em março de 2022, a população “não ligava muito às sirenes ou aos alarmes”, mas “em maio, o cenário era completamente diferente”.
Mas foi quando chegou ao Donbass que percebeu que ali “era a guerra em carne viva”: “O que se passava no Donbass fazia parecer outras cidades bastante mais calmas”.
Rui Caria recorda uma incursão a Severodonetsk e, quando chegou ao último checkpoint, antes de entrar na cidade, o soldado nem queria acreditar que tinha conseguido chegar ali, mas recusava deixá-lo passar.
"Utilizámos o nome de Cristiano Ronaldo, como tantas outras vezes, para criar um sorriso naquele soldado e, de repente, percebíamos que era fácil. (...) Ele deixou-nos entrar em Severodonetsk."
E foi a partir desse ponto que Rui Caria, acompanhado de Daniel Rodrigues, foi “à cidade onde ninguém ia e de onde já quase ninguém conseguia sair”.
“Viver aquele dia com eles foi verdadeiramente assustador”, recorda Caria.
Veja o relato na íntegra no vídeo.