Guerra Rússia-Ucrânia

Proteção civil portuguesa envia sete geradores para instalações essenciais na Ucrânia

Geradores a diesel vão fornecer energia a hospitais, escolas, centros de socorro, abrigos e outras infraestruturas cuja rede de eletricidade foi danificada ou destruída pelos ataques russos.

Kiev às escuras
Evgeniy Maloletka / AP

Lusa

A Autoridade Nacional de Emergência de Proteção Civil (ANEPC), em colaboração com a E-Redes, envia hoje para a Ucrânia sete geradores a diesel para ajudar a manter em funcionamento instalações essenciais naquele país, danificadas pelos ataques russos na guerra.

Em comunicado, a ANEPC adianta que os geradores se destinam a fornecer energia a hospitais, escolas, centros de socorro, abrigos e outras infraestruturas cuja rede de eletricidade foi danificada ou destruída pelos ataques russos.

Os geradores com elevada capacidade vão ser enviados por transporte terrestre para um armazém na Polónia junto à fronteira com a Ucrânia.

A ajuda de Portugal decorre do pedido de apoio lançado pelo Mecanismo Europeu de Proteção Civil, dirigido aos Estados-Membros, no âmbito do Projeto "Generators of Hope", do Parlamento Europeu e Euro Cities.

O Parlamento Europeu e a Eurocities, a rede das mais de 200 maiores cidades da Europa, lançaram a campanha Geradores de Esperança em 23 de novembro. A campanha pede às cidades que doem geradores de energia, transformadores e peças sobressalentes de redes elétricas para ajudar os ucranianos.

Ataques russos deixam milhões de ucranianos sem eletricidade

Devido aos ataques da Rússia a infraestruturas do país, mais da metade da rede elétrica da Ucrânia foi danificada ou destruída, deixando milhões de ucranianos sem eletricidade.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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