A guerra e a fórmula ucraniana para a paz foram o tema da conversa que António Costa e Volodymyr Zelensky tiveram esta manhã, por telefone. No final, ambos partilharam uma mensagem na rede social Twitter. Se um fez agradecimentos, outro fez anúncios.
“Portugal irá reforçar o apoio humanitário e militar à Ucrânia e vai também participar ativamente na Fórmula para a Paz proposta pelo Presidente Zelensky”, escreveu o primeiro-ministro português.
Já o Presidente ucraniano diz estar “agradecido pela prontidão [de Portugal] em fornecer suporte efetivo ao sistema energético da Ucrânia. Também discutimos etapas concretas para implementar nosso #PeaceFormula”.
O líder ucraniano tem tido o apoio dos aliados ocidentais para este plano de paz, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, mas a iniciativa foi já rejeitada pela Rússia.
António Costa esteve em Kiev a 21 de maio do ano passado, tendo reunido com Zelensky, e manifestado à data a disponibilidade de Portugal para participar num programa de reconstrução de escolas e jardins de infância da Ucrânia, ou, como hipótese alternativa, patrocinar a reconstrução de uma zona territorial a indicar pelas autoridades ucranianas.
Entre as opções de reconstrução de zonas destruídas na Ucrânia, o líder do executivo português manifestou preferência pela referente às escolas e jardins de infância, dizendo que o Estado Português tem experiência recente na execução desses programas de modernização de estabelecimentos de ensino.
Um mês depois dessa deslocação, a 21 de junho, Costa e Zelensky falaram ao telefone sobre o processo de adesão da Ucrânia à União Europeia. Nessa conversa, o primeiro-ministro confirmou "o apoio de Portugal à concessão à Ucrânia do estatuto de candidato no seu processo de adesão à União Europeia".
O primeiro-ministro revelou também ter comunicado ao Presidente da Ucrânia a disponibilidade de Portugal "para aprofundar o apoio político e técnico ao processo de adesão ucraniano".
O que significa a fórmula para a paz?
Através de uma publicação no Telegram, e após a intervenção no G20, o Presidente Zelensky elencou os pontos essenciais rumo à paz na Ucrânia, mas também “da Europa e do mundo”.
“Há um conjunto de soluções que podem ser implementadas para realmente garantir a paz”, vincou Zelensky.
Entre essas soluções constam a “segurança alimentar, segurança energética, e a segurança de radiação e nuclear, mas também a libertação dos prisioneiros e deportados, a implementação da carta da ONU e restauração da integridade territorial da Ucrânia e da ordem mundial”, e, claro, a retirada das tropas russas e cessação das hostilidades" com vista a “estabelecer o fim da guerra”.