Continua a contraofensiva ucraniana para tentar reconquistar Kherson, no sul do país. As tropas de Kiev admitem que os avanços têm sido dificultados pelo clima e pelas condições do terreno.
“O avanço dos ucranianos é extremamente lento. As chuvas poderão atrasar os combates e prevê-se que a Rússia vá reforçar a frente de Kherson, pelo menos de forma a mantê-la”.
Os ataques russos, depois de alguma acalmia, voltaram a acontecer em larga escala em algumas cidades. A Ucrânia acusa a Rússia de pelo menos 8 bombardeamentos contra Bakhmut, uma cidade na região de Donetsk, no leste do país. Volodimir Zelensky fala em "batalhas extremamente violentas". O governador regional diz que nestes ataques já morreram 7 civis e 3 ficaram feridos. A localidade fica numa estrada que leva às cidades estratégicas de Sloviansk e Kramatorsk, recentemente reconquistadas pela Ucrânia.
“É a continuação da política de guerra total, de destruição total das infraestruturas ucranianas até ao início do inverno - centrais elétricas, o aquecimento, infraestruturas de apoio à ação militar que estão a ser fortemente atacadas. É uma das formas que a Rússia tem de dificultar o avanço das forças armadas ucranianas”.
No plano diplomático as suspeitas sobem de tom com a hipótese nuclear a voltar a entrar nas declarações de Joe Biden e Moscovo a responder com o possível uso da chamada bomba-suja pelos ucranianos.
“Tem subido de tom a retórica de Moscovo, que tinha começado com a chamada bomba-suja. A Rússia está com dificuldade em explicar onde estão as bombas-sujas”.